É comprovado cientificamente que o aprendizado em condições extremas de temperatura em sala de aula, seja frio ou calor, fica comprometido para jovens ou adultos.
O despreparo das escolas brasileiras para o estresse térmico deve contribuir para piorar a situação, afastando os alunos da escola.
Estresse térmico se dá em condições em que o calor é superior ao que o corpo humano pode suportar por pelo menos 25 dias no ano, um fenômeno que já atinge áreas onde vivem 38 milhões de brasileiros.
Sete em cada dez salas de aula de unidades municipais e estaduais no país não são climatizadas, segundo o Censo Escolar de 2022.
Entre as sete maiores cidades brasileiras que já vivem em estresse térmico (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife, Fortaleza, Manaus, Belém e Goiânia), somente três possuem mais da metade das salas climatizadas.
Nas últimas duas semanas, o Brasil chegou a registrar temperatura de 43,5°C, em São Romão (MG), onde nenhuma sala de aula é climatizada.
Professores e alunos vêm buscando soluções improvisadas. Alguns profissionais da educação encontraram uma solução na base da farra.
Cerca de 700 crianças participaram de um “recreio molhado” em duas escolas de São João do Caiuá, no Paraná.
Piscinas e banhos de mangueira ajudaram a atenuar o forte calor.
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