Uma pesquisa do Instituto de Cosmetologia de Campinas (SP) revelou que 71% dos brasileiros não usam protetor solar todos os dias.
Essa é uma das medidas mais importantes para prevenir o câncer de pele, neoplasia maligna mais incidente na população.
O último mês do ano é dedicado à campanha Dezembro Laranja, voltada para a conscientização e prevenção do câncer de pele. Com a proximidade do verão, o objetivo é conscientizar a população sobre os perigos da exposição solar sem proteção.
O câncer de pele não-melanoma corresponde a cerca de 30% dos casos no Brasil. Já o melanoma, tipo mais agressivo e letal, representa 3% das neoplasias malignas de pele.
A médica oncologista Virgínia Altoé Sessa explicou que o uso diário do filtro solar é indispensável, inclusive nos dias nublados.
“Em países tropicais como o Brasil, os índices de radiação UVA e UVB são altos em todas as épocas do ano. Mesmo em dias nublados e chuvosos, o sol não deixa de emitir raios UVA e UVB, e até mesmo no inverno a radiação solar penetra em nossa pele, capaz de causar danos nas células do tecido”, explicou Virgínia.
Mesmo com proteção, a exposição solar não é recomendada nos horários mais quentes do dia, entre 10 e 16 horas. “É preciso evitar tomar sol nesses horários e lembrar de usar bonés, chapéus e óculos escuros nos dias ensolarados”, destacou a oncologista.
O câncer de pele não-melanoma, apesar de na maioria das vezes não ser letal, pode causar sérias lesões à pele, inclusive com risco de sequelas e mutilação.
É fundamental, portanto, ficar atento a alguns sinais da doença. “Manchas que coçam, descamam ou sangram, pintas já existentes que mudam de tamanho, forma ou cor, e feridas na pele que não cicatrizam em mais de três semanas são sinais de alerta. Ao observar esses sinais, é preciso procurar um dermatologista”, recomendou a médica oncologista Virgínia Altoé Sessa.
Câncer de pele - Saiba mais
Fatores de risco
- Exposição prolongada ao sol (principalmente quando começa na infância ou na adolescência);
- Exposição a câmaras de bronzeamento artificial;
- Ter pele e olhos claros, ou ser albino;
- Histórico familiar.
Sintomas e sinais suspeitos
- Manchas que coçam, descamam ou sangram;
- Sinais ou pintas já existentes que mudam de tamanho, forma ou cor;
- Feridas na pele, incluindo os lábios, que não cicatrizam em 3 semanas;
- Surgimento de pintas ou verrugas.
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