Um técnico em sistemas elétricos foi parar atrás das grades depois de se passar por médico e realizar cirurgias em uma clínica clandestina, no Rio de Janeiro.
A prisão foi efetuada por agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, 8. O eletricista e mais cinco pessoas são acusados de atrair clientes com preços baixos para a realização de cirurgias estéticas.
Almir Paixão da Silveira Junior é eletricista por formação, mas se passava por médico para realizar os procedimentos.
Almir é réu em um processo relacionado à morte da funkeira Fernanda Rodrigues, conhecida como MC Atrevida, ocorrida em julho de 2020.
A morte ocorreu após a realização de um procedimento estético em uma clínica chamada Rainha das Plásticas, também localizada no Rio de Janeiro.
Além de Almir, sua esposa, Rafaella Ferreira Trovão da Silveira foi presa por sua participação no esquema.
Ela era responsável pela gestão das clínicas, pela contratação de médicos sem especialização ou sem inscrição regular, e por atrair pacientes para os procedimentos.
Outros dois envolvidos no esquema são o médico peruano Javier Garcia Caro e o falso anestesista colombiano, Jean Paul Perez Barraza. A quinta pessoa detida é Antonia Gerda Araujo Pinto, que foi encontrada atendendo pacientes em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
As investigações revelaram que as clínicas gerenciadas pela quadrilha não possuíam estrutura adequada.
Os clientes eram informados de que seriam operados em hospitais mas, na realidade, os procedimentos eram realizados em salas improvisadas, com valores bem abaixo do mercado.
Várias pacientes procuraram a delegacia para denunciar complicações ou deformações após as cirurgias.
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