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Não é obesidade. É lipedema: saiba as diferenças e os riscos

O problema tem tratamento, que evita a piora da doença, traz mais qualidade de vida para a paciente, ameniza e controla os sintomas e ajuda a diminuir o volume das pernas.

02/04/2024 às 21h10 Atualizada em 02/04/2024 às 22h18
Por: Redação
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Foto Internet - Fique atento aos sinais de acúmulo de gordura no corpo
Foto Internet - Fique atento aos sinais de acúmulo de gordura no corpo

O acúmulo desproporcional de gordura em algumas partes do corpo, como pernas, quadris, coxas e braços pode ser o diagnóstico de lipedema,  doença crônica que afeta principalmente as mulheres.

Devido ao excesso de gordura, a condição é bastante confundida com obesidade, o que acaba dificultando o diagnóstico, retardando o início do tratamento e aumentando o risco da enfermidade atingir estágios mais avançados.

A cirurgiã plástica Patricia Lyra, do Instituto Lipedema, esclarece:

“No caso do lipedema, a gordura é inflamatória e localizada, diferente da obesidade, quando o sobrepeso se estende por todo o corpo. Geralmente, as pacientes relatam que se sentem com dois corpos, um da cintura para cima e outro nas partes inferiores”.

Patricia Lyra esclarece dúvidas sobre o assunto 

Segundo a médica endocrinologista Lusanere Cruz, especialista no tratamento de lipedema, o que difere a doença da obesidade são os sintomas e também o acúmulo desproporcional e simétrico em áreas específicas, como quadril, pernas e braços, poupando o tronco.

“A gordura acumulada em pacientes com lipedema provoca dores, sensibilidade, inchaços, exaustão e hematomas no corpo. Por isso, é muito importante estar atenta aos sinais do corpo, e se a mulher apresentar esses sintomas, é preciso buscar ajuda médica especializada para que seja feita uma investigação. E quanto antes o tratamento for iniciado, melhores serão os resultados e menores os riscos da doença atingir níveis mais graves”.

Segundo Lusanere Cruz , o que difere a doença da obesidade são os sintomas

Por se tratar de uma doença crônica, a gordura acumulada causada pelo lipedema não é eliminada apenas com exercícios e dieta.

“É necessário um tratamento conservador e multidisciplinar com endocrinologista, angiologista, nutricionista, fisioterapeuta e educador físico. E, em alguns casos, com cirurgião plástico, quando há indicação de cirurgia para a retirada da gordura doente”, esclareceu a médica cirurgiã Patricia Lyra.

Mitos e verdades sobre o lipedema

Cirurgia é a única opção de tratamento

Mito. O tratamento inclui terapia de compressão, drenagem linfática, exercícios, medicações, acompanhamento nutricional e, em alguns casos, cirurgia.

Lipedema não tem cura.

Verdade. O problema tem tratamento, que evita a piora da doença, traz mais qualidade de vida para a paciente, ameniza e controla os sintomas e ajuda a diminuir o volume das pernas.

A doença afeta só pessoas obesas

Mito. O lipedema também pode afetar pessoas com peso ideal e até abaixo do ideal. O acúmulo de gordura na região afetada é que, muitas vezes, é confundido com obesidade.

A cirurgia é uma solução eficaz.

Verdade. A intervenção cirúrgica ajuda a interromper a progressão da doença e melhora a qualidade de vida, aliviando os sintomas e melhorando a aparência dos membros afetados.

Tratamento estético ajuda a eliminar a gordura do lipedema.

Mito. Tratamento estético não ajuda e muitos ainda podem agravar a doença. Portanto, a realização de procedimentos para fins estéticos em pacientes com lipedema é limitada e com indicações precisas.

Alimentação interfere no tratamento da doença.

Verdade. Um dos pilares do tratamento conservador do lipedema é uma dieta sau

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