Ben-Hur Farina é o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Espírito Santo (CAA-ES).
Critico ferrenho da gestão do atual presidente da Ordem dos Advogados do Espírito Santo (OAB-ES), José Carlos Rizk, Ben-Hur já se coloca como opção às eleições que podem dar o terceiro mandato a Rizk.
Ben-Hur recebeu nossa reportagem na pequena sala da presidência da CAA-ES, no Centro de Vitória.
Segundo Farina, a OAB-ES afastou-se da defesa das causas populares, encastelando-se na presidência sem, efetivamente, cumprir seus preceitos básicos, como a garantia das prerrogativas dos advogados.
Farina cita a tragédia de Mimoso do Sul, após a enchente que destruiu a cidade.
“A Ordem era para estar lá, ao lado do povo, orientando sobre direitos, benefícios e obrigações no pós-desastre. O presidente fez um vídeo mostrando a tragédia. Isso é populismo”, acusa.
Ainda de acordo com Ben-Hur Farina, sua candidatura é um chamado dos colegas que, segundo ele, pedem por renovação na Ordem.
“Questões como tabelas defasadas de honorários dos advogados dativos não receberam atenção. A Ordem está inerte. Na pandemia, coube à CAA-ES assistir nossos advogados, amparando até mesmo com cestas básicas. Mais uma vez a OAB-ES não agiu como deveria”, afirma.
Em suas redes sociais, Ben-Hur postou um vídeo mostrando o momento no qual foi impedido por seguranças de participar de um evento em celebração aos 91 anos da OAB, realizado por Rizk.
“Eu paguei a inscrição. Estava ali como advogado, mas não pude entrar. A Ordem não tem dono”, afirmou Farina, referindo-se a um episódio recente do embate com Rizk.
Ben-Hur também diz que Rizk trouxe uma mulher para sua vice-presidência, mas abandonou as prerrogativas das advogadas e das demais mulheres de nossa sociedade, o que seria, além de incoerência, nada mais que discurso eleitoral.
Ainda de acordo com Ben-Hur Farina, a OAB-ES precisa aproximar-se novamente dos alunos dos cursos de Direito, abrindo o diálogo entre presente e futuro.
“A missão da OAB-ES é dar norte e foco na missão dos futuros defensores de nossas leis. Capacitar, abrir oportunidades de crescimento e formação”, propõem.
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