Um grupo de 11 pessoas foi libertado de trabalho análogo à escravidão em uma fazenda de café, em Rio Bananal, distante 176 quilômetros da capital do Espírito Santo, Vitória.
A ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi coordenada pela Auditoria Fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego e flagrou um alojamento usado pelos trabalhadores ao lado de um depósito irregular de agrotóxicos.
A água oferecida aos trabalhadores vinha de um poço ao ar livre e sem filtragem.
Sob o telhado do abrigo havia um cupinzeiro de onde caiam larvas e insetos sobre as camas.
Não foram encontrados equipamentos de proteção obrigatórios no manejo e cata do café.
Homens, mulheres e um menor dormiram em colchonetes no chão batido de terra e o único banheiro não possui a menor condição humana de uso.
Segundo os escravizados, dois outros homens fugiram da fazenda só com a roupa do corpo.
Eles contaram ainda que vieram dos municípios baianos de Medeiros Neto e Teixeira de Freitas em um veículo utilitário. Sem receber salários devido aos descontos de comida, alojamento e remédios, os trabalhadores alegaram que não tinham como ir embora.
O fazendeiro foi autuado e terá que pagar verbas rescisórias equivalentes a R$ 81 mil, além das passagens de volta.
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