A concessão de um pedido de Medida Protetiva contra o ex-companheiro poderia ter salvado a vida da vendedora Marilene da Cruz Silva Borcarte, de 44 anos.
Ela foi abatida a tiros em um ponto de ônibus em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, justamente pelo homem com quem teve um relacionamento e por quem sentia-se ameaçada.
Mas o documento cautelar, que daria um mínimo de segurança à Marilene, foi negado por um juiz.
Na decisão, o juiz Marcelo Feres Bressan afirmou que, "considerando os elementos apresentados, não é caso de fixação de medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha".
A mulher foi morta a tiros na frente de casa, no bairro Olívio Zanoteli, em Colatina, na manhã desta terça-feira (29).
A vendedora relatou se sentir perseguida pelo ex-companheiro. No entanto, conforme a decisão da Justiça, do dia 18 de outubro, foi entendido que ela não estava sob situação de risco.
Marilene morava sozinha no local há cerca de dez meses e estava aguardando um ônibus para ir para o trabalho, por volta das 7h. Segundo o boletim de ocorrência da PM, testemunhas relataram que um homem de moto apareceu, realizou os disparos e depois fugiu do local.
O caso é investigado pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Colatina. Há informações de que Marilene teria problemas com o ex-companheiro.
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