Os números são assustadores e se igualam às estatísticas de guerra civil: as polícias de São Paulo mataram, de janeiro a junho de 2024, nada menos que 374 pessoas.
Em sua maioria, negros e pobres envolvidos em ações policiais de pequeno potencial ofensivo à sociedade.
Os números são do Ministério Público Estadual de São Paulo e mostram um aumento exponencial de assassinatos cometidos por políciais sob anuência do governo de Tarcisio de Freitas.
Os dados representam um crescimento de 135 mortes, nos primeiros seis meses do ano.
Ou seja, cerca de 53% de mortes a mais, comparado ao mesmo período de 2023. Em cerca de 180 dias, ocorrências com intervenção das polícias e das guardas paulistas somam, em média, dois óbitos por dia.
Há alta nos casos envolvendo policiais durante o serviço, com salto de 179 registros para 318. Os crimes com agentes de folga caíram de 60 para 56, entre 2023 e 2024.
A Trilogia da Morte
No domingo 1º, policiais da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) perseguiram e espancaram um motociclista já rendido, no bairro Jardim Damasceno, zona norte de São Paulo. Uma mulher que estava na motocicleta também foi arrastada e agredida.
Poucas horas depois, na madrugada de segunda 2, um policial militar arremessou um homem de uma ponte na zona sul de São Paulo no bairro Cidade Ademar, sob a justificativa de que o homem conduzia uma moto sem placa.
Na terça-feira 3, outro caso de violência policial ganhou repercussão: um PM de folga matou um homem com 11 tiros pelas costas após acusá-lo de furtar pacotes de sabão em um supermercado no bairro Jardim Prudência, zona sul de São Paulo.
Os três episódios são retratos de um fenômeno comprovado: o crescimento da letalidade policial sob o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), com a batuta do policial Guilherme Derrite nas políticas de segurança pública.
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