Nada menos que 122 pessoas trans e travestis foram assassinadas no Brasil em 2024. Destas, cinco atuavam na defesa dos Direitos Humanos em seus ambientes de militância.
O levantamento foi realizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e mantém o Brasil pelo 16º ano consecutivo como sendo o país com o maior número de assassinatos de transexuais e travestis.
Das vítimas do ano passado, 117 eram mulheres transexuais e travestis, correspondendo a 95% do total, segundo a Antra. Entre os estados, São Paulo lidera os casos de assassinato, com 16 vítimas. Minas Gerais vem em segundo lugar, com 12 casos, seguido pelo Ceará, com 11. Não foram registrados homicídios de pessoas trans apenas nos estados de Roraima, Acre e Rio Grande do Norte.
Uma das vítimas foi Santrosa, suplente de vereadora em Sinop (MT). A cantora de 27 anos foi encontrada morta em novembro. A Polícia Civil descobriu o corpo em uma área de mata; ela estava com as mãos e os pés amarrados e a cabeça decapitada.
Outro levantamento, intitulado “Dossiê: Registro Nacional de Mortes de Pessoas Trans no Brasil em 2024: da Expectativa de Morte a um Olhar para a Presença Viva de Estudantes Trans na Educação Básica Brasileira”, da Rede Trans Brasil, também aponta o país como líder mundial em homicídios de transexuais e travestis. Esta pesquisa identificou 105 assassinatos de pessoas trans.
Mesmo na ausência de números oficiais, a Antra confirmou a ocorrência de pelo menos 1.179 assassinatos de pessoas trans, travestis, não binárias e transmasculinas em menos de 20 anos. O Dossiê da Antra será apresentado nesta segunda, no final da tarde, como parte de uma série de atividades direcionadas a fortalecer o movimento de representatividade ativa de pessoas trans e travestis na política. No final da tarde, será realizada uma atividade pelo Dia Nacional da Visibilidade Trans no Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, em parceria com a Secretaria Nacional LGBTQIA+ e o Conselho Nacional LGBTQIA+
Mín. 23° Máx. 30°