O Brasil está entre os 10 países que mais consomem pornografia no mundo, segundo dados de portais que disponibilizam fotos e vídeos com imagens sexuais pagas ou gratuitas, como o PornHub e o Xvideos.
De acordo com os números, apenas uma dessas plataformas recebeu cerca de 3,5 bilhões de visitas por mês em 2024.
Filtrados, os dados evidenciam ainda que cerca de 75% dos homens e 35% das mulheres no Brasil já consumiram pornografia pelo menos uma vez no ano anterior.
Receita
A MindGeek, empresa que controla os websites PornHub, Brazzers, YouPorn e RealityKings, está entre as três empresas com maior consumo de banda larga no mundo, junto com Google e Netflix.
A XVideos, por sua vez, é maior que CNN, Dropbox e New York Times juntos, já a PornHub tem mais acessos mensais do que Amazon, Netflix e Twitter.
O vício em pornografia pode ser descrito como uma busca obsessiva pelo prazer sexual através da visualização de material pornográfico e/ou masturbação.
Preocupação
Esse consumo excessivo traz uma preocupação crescente com os efeitos negativos para a saúde mental, bem-estar e relacionamentos dos indivíduos.
Os estudos mostram cada vez mais claramente que o que as pessoas consomem online tem o potencial de afetá-las, tanto positiva quanto negativamente.
Há associação do conteúdo pornográfico com o desenvolvimento de comportamentos violentos, abuso infantil, compulsão; objetificação das mulheres; além de agressividade relacional; menos comunicação positiva; menor interesse pelo parceiro e menor estabilidade afetiva são também suportados.
Estudos comprovam ainda a associação entre pornografia e o aumento significativo de disfunção erétil e desempenho sexual em homens com menos de 40 anos.
Explosão
Um estudo de 2022, da Common Sense Media, uma organização dedicada a ajudar os pais a navegar por conteúdo de mídia adequado para seus filhos, relatou que 73% dos entrevistados entre 13 e 17 anos assistiram a pornografia.
Isso difere das décadas anteriores. Por exemplo, um estudo realizado em 2005 descobriu que 42% dos jovens usuários da internet foram expostos a conteúdo pornográfico.
O estudo de 2022 descobriu que 54% desses jovens disseram ter sido expostos a esse conteúdo antes dos 13 anos e 15% aos 10 anos ou menos. Cerca de 58% disseram ter encontrado material pornográfico acidentalmente.
A exposição de jovens à pornografia pode ser perturbadora e pode estar associada a taxas mais altas de transtornos de personalidade e de impulso.
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