A residência artística “Exercícios para se lembrar: a performance como método para elaboração de subjetividades” reuniu jovens de diferentes territórios da cidade de Vitória, em um processo formativo e criativo conduzido pelos artistas e educadores Carla Borba e Geovanni Lima.
Desenvolvida no Centro de Referência da Juventude (CRJ), Casa da Juventude e Núcleo Afro Odomodê, da Prefeitura de Vitória, a residência promoveu um intercâmbio de saberes, práticas artísticas e experiências vividas.
Como desdobramento desse processo coletivo, a Galeria de Arte Espaço Universitário (GAEU/UFES) recebe, nessa terça-feira, a exposição “Exercícios para Se Lembrar”.
A mostra apresenta obras que tensionam o campo da performance e da arte contemporânea, articulando subjetividades, memórias e expressões coletivas dos(as) artistas participantes.
Derivada de pesquisa de mestrado de Geovanni Lima e de uma série de performances homônimas, a residência “surge em um contexto de empreender a produção de agendas próprias para o vocabulário artístico visando que essas performances não se findassem em si próprias, mas se conectassem com a comunidade afro-diaspórica”, afirma o artista que também foi professor substituto na Ufes. E, complementa: “O bom é quando a juventude vive! Vive, sabe? A arte contemporânea, o ensino da arte contemporânea, pode ajudar nisso. Sem romantismo, como método”.
A artista Carla Borba, que também atuou como professora substituta na Ufes, relata que “durante o processo da residência artística, as criações foram compartilhadas, o que ajudou a inspirar novas propostas artísticas, que agora poderão ser vistas na Galeria de Arte Espaço Universitário (Gaeu). Expor essas obras dentro da universidade é uma provocação necessária para quem pesquisa arte contemporânea. Ela nos lembra que a produção artística nasce e ganha força nos lugares onde é expressão de vida”.
Para a Professora do Departamento de Artes Visuais da Ufes e coordenadora da Galeria de Arte Espaço Universitário (Gaeu/Secult-Ufes), Ananda Carvalho, com essa exposição, “a Gaeu recebe a possibilidade de aproximar os públicos, por meio do arte, com ações que (re)pensam os sujeitos, as juventudes, a cultura e as especificidades de seus territórios, dando continuidade ao trabalho que vem sendo feito pela Secretaria de Cultura da Ufes no Teatro Universitário e no Cine Metrópolis”.
Artistas participantes
Afonso
Ana Piettra Souza
Bartô
Brun Henrry
Carla Borba
.DUB.
Geovanni Lima
Jaddy, Joseh Capellen
JOTTAVÊ
Larissa Gomes Barcelos
Marcos Rabbi
Pretagonista
Rômulo Dias
Sami de Vix
THG
Curadoria
Ananda Carvalho
Carla Borba
Geovanni Lima
A exposição é uma realização do Espaço Cultural e Ponto de Cultura Casa Com Junto – Espaço Experimental de Arte, Cultura, Educação e Direitos Humanos e da Galeria de Arte Espaço Universitário/Secretaria de Cultura da UFES, com patrocínio da Lei Rubem Braga - Instrução Normativa 001/2022, por meio da Prefeitura Municipal de Vitória.
Abertura
29 de abril, terça-feira
Das 17h às 20h
Galeria de Arte Espaço Universitário – UFES, Campus de Goiabeiras
Evento gratuito | Classificação livre
Visitação
De 29 de abril a 29 de julho de 2025
Segunda a sexta, das 9h às 12h e das 13h às 17h
Agendamento e informações: educativogaleria.secult@ufes.br
A exposição também ofertará oficinas de artes visuais, com o artista Geovanni Lima, nos dias 20 e 21 de maio, das 09h às 12h, na Gaeu. As inscrições serão divulgadas posteriormente nas mídias sociais da Gaeu.
Sobre Carla Borba e Geovanni Lima
Carla Borba é Artista, educadora, gestora de projetos e pesquisadora em artes visuais, cultura e educação.
Doutora e mestre em Artes Visuais pelo PPGAV/UFRGS.
Bacharel em Artes Visuais pela mesma instituição.
Especialista em Economia da Cultura PPGEconomia/UFRGS.
Educadora com experiência no ensino superior e básico, assim como em espaços não formais de educação (públicos e privados) como museus e instituições sociais.
Atuou como professora substituta no Curso de Artes UFES (2014-2016) Sua prática artística envolve relações entre performance, imagem, jogo e processos coletivos.
Realizou exposição individual POLARES na Aura Arte Galeria, São Paulo/SP (2018). Recebeu a Bolsa Residência da Fundação Iberê Camargo (2002). Indicada ao Prêmio PIPA 2019.
Possui obras em coleções públicas e privadas entre as quais se destacam: Fundação Vera Chaves Barcellos, MAC-RS e MARGS-RS. Coordena o Programa Educativo, Cultural e Socioambiental do MEA - Memorial da Evolução Agrícola (Horizontina/RS). Durante 2019 e 2021 coordenou o Setor Educativo da Fábrica de Arte Marcos Amaro - FAMA Museu (Itu/SP).
Coordenou projetos e equipes multidisciplinares no Setor Pedagógico da Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul (Porto Alegre/RS), como o projeto “Conversas de Campo” da 9ª Bienal do Mercosul (2013) e o Espaço Educativo da CASA M na 8ª Bienal do Mercosul (2011).
Geovanni Lima é doutor e mestre em artes visuais pela unicamp, especialista em artes na educação pela faculdade de vitória e licenciado em artes visuais pela ufes, com participação em diversos eventos de arte, como o xi encuentro internacional do hemispheric institute, da new york university (nyu) (2019); a p.arte no 42, da plataforma de performance arte no brasil (2019); e a residência e festival corpus urbis – 4a edição – oiapoque/ap. como produtor cultural, é um dos propositores dos projetos performe-se – festival de performance (2015, 2017) e coordena o festival lacração – arte e cultura lgbtqiapn+ (2019, 2021), ambos realizados no espírito santo/br. indicado ao prêmio pipa 2021 (juri especialista) e finalista prêmio pipa online (votação popular). foi professor substituto na licenciatura em artes visuais na ufes (2023 e 2024).
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