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Morte de Juscelino Kubitschek será investigada novamente

A pedido do Ministério dos Direitos Humanos, apuração deve levar em conta novos laudos que apontam para um atentado político orquestrado pela ditadura

09/06/2025 às 10h01 Atualizada em 11/06/2025 às 15h08
Por: Redação
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Foto Internet - Juscelino Kubitschek era temido devido a sua popularidade
Foto Internet - Juscelino Kubitschek era temido devido a sua popularidade

Cassado da vida pública pelo regime militar quando era senador da República, o ex-presidente Juscelino Kubitschek morreu em 1976, após seu motorista, que dirigia um opala pela Via Dutra, invadir a contramão e bater em um caminhão. Os dois ocupantes do carro morreram na hora, em São Paulo.

O enterro, em Brasília, arrastou mais de 300 mil pessoas ao adeus ao ex-presidente.

Afastado da vida pública após a cassação sumária imposta pelo presidente militar que ele próprio apoiou na votação indireta no Congresso Nacional, JK se dedicou a atividades privadas e à administração de sua fazenda em Luziânia, em Goiás, a cerca de 60 km de Brasília.

Perseguido pela ditadura, JK era acusado de ser o sétimo homem mais rico do mundo, numa espécie de Fake News da época 

Quase 50 anos depois, a forma com que JK morreu ainda é alvo de controvérsias. No último mês de fevereiro, o Ministério dos Direitos Humanos decidiu reabrir as investigações sobre a morte do ex-presidente.

A nova apuração busca esclarecer se a tragédia foi resultado de um atentado político, hipótese que, se confirmada, configuraria mais um crime da ditadura militar.

Assassinato?

O caso ganhou novo fôlego após um laudo de 2019, elaborado pelo engenheiro Sergio Ejzenberg a pedido do Ministério Público Federal, que contesta a versão oficial da época. Segundo o estudo, o Opala que transportava JK não colidiu com um caminhão, como sustentava o regime militar. O relatório considera plausível a hipótese de sabotagem mecânica ou de outro tipo de intervenção externa.

Embora as Comissões da Verdade em Minas Gerais e São Paulo já tenham reunido indícios de atentado, a versão final da Comissão Nacional da Verdade, divulgada em 2014, seguiu a tese de acidente. Agora, com o apoio do atual governo federal, o caso será reexaminado pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.

O inquérito do MPF divulgado em 2021 reforçou que, até hoje, não se pode nem confirmar nem descartar a possibilidade de sabotagem ou envenenamento. No acidente, tanto JK quanto o motorista, Geraldo Ribeiro, morreram após o carro invadir a pista contrária e colidir com uma carreta.

Pesquisa em Congresso em Foco

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