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Medicina trata e cura bebês ainda no útero da mãe no ES

Algumas técnicas estão disponíveis no SUS

12/02/2023 às 06h15 Atualizada em 12/02/2023 às 06h39
Por: Redação
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Privado ou público, redes oferecem tratamento
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Uma série de preocupações envolve o período da gestação e uma das principais é acerca da saúde do bebê. 

Felizmente, com os avanços da medicina, já é possível identificar precocemente e tratar eventuais alterações ainda no ventre materno, por meio de procedimentos intrauterinos. 

"É fundamental que as gestantes façam os exames de ultrassom morfológico de primeiro e segundo trimestres, bem como seguimento detalhado da gestação. Eles analisam o tamanho do feto, os órgãos e são capazes de identificar diversos problemas maternos e fetais", explicou a médica com atuação em Medicina Fetal e ultrassonografia em ginecologia e obstetrícia Larissa Galvão. 

Os exames realizados durante o pré-natal identificam diversos problemas de saúde que podem ser tratados antes mesmo do nascimento. A mielomeningocele, por exemplo, um defeito aberto da coluna vertebral, já é passível de tratamento ainda no útero, por meio de uma técnica cirúrgica.   

"Esses bebês evoluíram com aumento na chance de andar, melhora significativa no desenvolvimento intelectual e menor necessidade de colocação de drenos cerebrais após o nascimento", esclareceu a médica.   

Outro exemplo importante é a síndrome de transfusão feto-fetal, que ocorre quando gêmeos partilham a mesma placenta, e há passagem de sangue entre um e o outro, colocando ambos em risco.   

Segundo Larissa, o tratamento é feito ainda no período de gestação por meio de uma cirurgia com laser para cauterização dos vasos da placenta que ligam os dois bebês. Com isso, chance de pelo menos um bebê sobreviver passa de 10% para cerca de 80%. 

"Muitos problemas que até pouco tempo atrás só podiam ser tratados após o nascimento, ou nem tinha tempo hábil para isso, hoje podem ser identificados por meio de exames e possibilitar o tratamento antes do nascimento, mudando por completo a história desses bebês e suas famílias", afirmou a médica Larissa Galvão.

Principais exames que detectam síndromes fetais e malformações:   

Ultrassonografia Obstétrica Morfológica de Primeiro Trimestre Avalia detalhadamente a anatomia fetal, os órgãos do bebê, identifica o risco para Síndrome de Down e outras anomalias cromossômicas, além de avaliar o risco de pré-eclâmpsia através do estudo Doppler.     

Ultrassonografia Obstétrica Morfológica de Segundo Trimestre Faz uma avaliação detalhada sobre a anatomia fetal, analisando o tamanho e os órgãos do corpo do seu bebê. Também identifica o risco de parto prematuro através da avaliação do colo pela via transvaginal.     Ecodopplercardiografia Esse exame avalia as estruturas anatômicas na área do coração e consegue identificar cardiopatias congênitas que afetam muitos recém-nascidos.

Parte desses procedimentos está disponível na rede pública de saúde.  Na rede particular, os procedimentos citados variam entre R$ 500 e R$ 800 reais Há, ainda, alguns exames mais invasivos que podem chegar a R$ 1,5 mil.

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