A economia capixaba cresceu 3,8% no acumulado de 2022, se comparado ao mesmo período de 2021.
Além disso, o Espírito Santo registrou Produto Interno Bruto (PIB) Nominal de R$ 44,0 bilhões no segundo trimestre do ano e um total de R$ 162,6 bilhões em valores acumulados nos últimos quatro trimestres.
Mas nem toda essa pujança econômica é capaz de diminuir a pobreza, a desigualdade e a fome que assolam milhares de famílias no Espírito Santo.
E os dados são mesmo assustadores e deveriam colocar governadores e prefeitos em alerta: quase 500 mil jovens de zero a 17 anos vivem na pobreza no Espírito Santo.
Os números estão no estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que revelou que cerca de 499 mil crianças e adolescentes vivem na pobreza no Espírito Santo. O número equivale a cerca de 51% da população de 0 a 17 anos do Estado.
A pesquisa realizada leva em consideração a chamada “pobreza multidimensional”, que aponta outras características e consequências da desigualdade social.
Os parâmetros utilizados são, além da renda, a alimentação, a educação, o saneamento, o acesso a água, o acesso a informação, a moradia e o trabalho infantil.
No Brasil, 32 milhões de crianças e adolescentes vivem nessas condições, o que equivale a 63% da população dessa faixa etária.
Para reverter o cenário de pobreza no País, a Unicef faz algumas recomendações:
– Priorizar investimentos em políticas sociais;
– Ampliar a oferta de serviços e benefícios às crianças e aos(às) adolescentes mais vulneráveis;
– Fortalecer o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente;
– Implementar medições e o monitoramento das diferentes dimensões da pobreza e suas privações por um órgão oficial do Estado;
– Promover a segurança alimentar e nutricional de gestantes, crianças e adolescentes, garantindo a eles(as) o direito humano à alimentação adequada e reduzindo o impacto da fome e da má nutrição nas famílias mais empobrecidas;
– Implantar com urgência políticas de busca ativa escolar e retomada da aprendizagem, em especial da alfabetização;
– Priorizar, no âmbito das respectivas esferas de gestão, a agenda de água e saneamento para o desenvolvimento e implementação de políticas públicas;
– Implementar formas de identificar precocemente as famílias vulneráveis a violências, incluindo trabalho infantil;
– Promover e fortalecer oportunidades no ambiente escolar e na transição de adolescentes para o mercado de trabalho.
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