Um homem com registro de Colecionador, Atirador Esportivo e Caçador (CAC) e outras três pessoas, entre elas duas mulheres, foram presos suspeitos de comprar e revender armas e munição para traficantes da Grande Vitória.
As prisões aconteceram durante a Operação "Guarapari Drill," realizada pela Delegacia Especializada de Armas e Munições (Desarme), na última sexta-feira (10) com resultado divulgado nesta terça-feira (15).
Esses criminosos fazem parte de uma estatística divulgada pela Polícia Civil, que registrou aumento de 78% nos crimes envolvendo Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CAC).
No período de um ano, os registros aumentaram de 115 para 205 no Brasil. Entre os crimes estão tentativa de homicídio, comércio ilegal de armas de fogo, feminicídio e terrorismo.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) informou, por meio de nota, que o registro nas atividades de CAC, que estava sendo realizado pelo Exército Brasileiro, cumpriam os requisitos de necessidade de comprovação de capacidade técnica para manuseio; de laudo de aptidão psicológica fornecido por psicólogo credenciado e da declaração de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal. Novos registros estão suspensos pelo Decreto 11.366 de 1º de janeiro de 2023. (por Bruna Souza).
Aqui no Espírito Santo, a operação foram cumpridos mandados de prisão temporária contra os suspeitos, além de quatro mandados de busca e apreensão em Vitória e Vila Velha.
Também foram apreendidos dois computadores, além de armas, munição e pedras aparentemente preciosas, que serão periciadas e avaliadas.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo era de Guarapari. O homem com registro de CAC adquiria as armas e a munição de forma legal e, com a ajuda dos três comparsas, abastecia o tráfico de drogas de Vitória e Vila Velha.
O delegado Daniel Belchior, titular da Desarme, contou que as investigações começaram com a apreensão de um fuzil usado em um confronto entre facções rivais em Vila Velha sete meses antes das prisões.
Foi durante a verificação do histórico da arma que a polícia descobriu que a arma tinha sido adquirida pelo CAC e o suspeito teria simulado um furto para vendê-la sem chamar a atenção dos órgãos de fiscalização.
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