Amostras de sangue, saliva, suor e digitais deixadas por golpistas no Palácio do Planalto, em Brasília, no dia 8 de janeiro, foram usadas para identificar por meio de DNA ao menos 50 pessoas que depredaram, quebraram e até defecaram nas dependências da sede do Governo Federal, no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal.
Foram três meses de análise detalhada de mais de mil vestígios recolhidos nos três prédios público.
Após o isolamento dos prédios, ainda na noite do dia 8 de janeiro, 50 peritos da Polícia Federal reuniram esses indícios encontrados em paredes, vidros, móveis.
Além de materiais como garrafas, óculos, bonés, cigarros, mochilas e toalhas – que foram largados pelos vândalos. Todo o material foi apreendido, lacrado e enviado para exames em laboratórios.
Na primeira análise, o Instituto Nacional de Criminalística identificou 392 amostras de material genético. Que deram origem a 176 perfis distintos – ou seja, o DNA de 176 pessoas. Dentre eles, foram identificados 50 DNAs de golpistas presos pelos ataques de janeiro.
De acordo com a PF, o mesmo DNA identificado numa mancha de sangue na vidraça do Supremo também foi encontrado no segundo andar do Palácio do Planalto.
A PF diz ainda que existem vários casos como esse, em que a pessoa participou da invasão de mais de um prédio público no dia 8 de janeiro. A PF encaminhou ao Supremo o laudo produzido pelos peritos. A análise vai servir como mais um elemento de prova nas ações penais dos atos golpistas.
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