Após ter dois outdoors censurados pela Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, o portal de entretenimento adulto, Ilha do Prazer, enviou uma nota oficial ao Rede de Notícias posicionando-se sobre a comoção causada pelas peças publicitárias na cidade.
Os outdoors espalhados pela cidade, às portas da maior feira de mármore e granito da América Latina, têm como slogan: "As acompanhantes de luxo deixam seu negócio duro como pedra".
Em nota, o site Ilha do Prazer diz que a profissão é regulamentada e não tem qualquer relação com a feira que acontece na cidade.
A nota
"O site encontra-se surpreso com as manifestações públicas adotadas pela municipalidade quanto à publicidade realizada por meio de outdoor, que segue toda a legislação e regulamentos aplicados na área de publicidade. Ainda assim, respeitaremos, pois o que a plataforma busca é respeito e dignidade à profissão.
O Ilha do Prazer enquadra-se no ramo do entretenimento adulto e funciona há 19 anos no mercado nacional, sempre atuando em conformidade com a legislação, e nunca sofreu qualquer tipo de censura ou repressão à veiculação de anúncios de profissionais do sexo.
Não possuímos qualquer relação com a feira que ocorre na cidade, sendo a publicidade construída com o fim de atingir público interessado nos serviços oferecidos por meio do portal de anúncios.
Inicialmente, vale destacar que na peça publicitária não há qualquer imagem obscena e que existe a informação de que o conteúdo da publicidade é somente para maiores de 18 anos.
Ressalta-se ainda que, ao acessar o QR Code que leva ao direcionamento da plataforma, existe um bloqueio com mensagem de conteúdo sensível e restrito somente para maiores de 18 anos. Dessa forma, o QR Code se materializa apenas como um atalho, vez que o acesso ao portal pode ser realizado diretamente pela digitação do endereço eletrônico, ou ainda, por meio de buscadores de sites.
Quanto à questão do acesso, importante frisar que dispositivos eletrônicos como tablets, celulares e computadores, quando configurados para crianças ou adolescentes, possuem limitações em suas funcionalidades que não permitem o acesso através de QR Code, e mesmo se houver a tentativa de acesso direto através do endereço do site, o mesmo é bloqueado.
Na verdade, o que se vê é mais um ataque à categoria de trabalhadoras do sexo, que historicamente sofrem opressão e intolerância por parte da sociedade, tolhendo a dignidade que qualquer ser humano tem, constitucionalmente, garantia, inclusive a de trabalhar.
Destacamos que a profissão é regulamentada pelo Ministério do Trabalho desde 2002, e consta na Classificação Brasileira de Ocupações no item 5198, e infelizmente nos deparamos com mais uma repressão à profissão, ocasionando a remoção de anúncios publicitários nos tempos atuais.
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