A tabela de preços para os serviços oferecidos aos criminosos encarcerados em um presídio do Espírito Santo ia de R$ 500 por um telefonema, até R$ 8 mil por um posto de trabalho dentro da unidade prisional.
Algumas horas de prazer com uma garota de programa em visita íntima custava entre R$ 2,5 e R$ 3 mil.
Esses eram apenas alguns dos vários “benefícios” oferecidos aos presos das galerias E e D da Penitenciária Máxima I, em Viana.
Quatro pessoas foram presas acusadas de envolvimento no esquema que movimentava quase meio milhão de Reais:
- Rafael Lopes Cavalcanti Ribeiro – ex-diretor adjunto da Penitenciária de Segurança Máxima I, foi apontado como um dos mentores do esquema e responsável por sua ampliação na unidade. Foi levado para a Penitenciária de Segurança Média 1, em Viana. Conhecido como "Bombadão" ou "Thor".
- Leonardo Pessigatt Rodrigues – detento conhecido como “Leo Pescoço”, passou por várias unidades e estava na Máxima I quando os fatos ocorreram. Era quem fazia a negociação dos benefícios com os demais presos. Lançava mão dos contatos do pai e da advogada para receber o pagamento dos presos por intermédio de seus familiares. Está detido na Penitenciária Estadual de Vila Velha I, em Xuri.
- Jairo Gonçalves Rodrigues – aposentado, se apresentava como assessor parlamentar, é pai do detento Leonardo. Na decisão judicial, relata que ele chegava a ter acesso à parte administrativa do presídio.
- Mariana de Sousa Loyola Belmont – advogada, é casada com um outro preso. Seu marido chegou a ser incluído no projeto para garantir os benefícios, mas não conseguiu fazer o pagamento exigido. Foi encaminhada para o Centro Prisional Feminino de Cariacica.
TABELA DE PREÇOS
Venda de camisas, que são os postos de trabalho - R$ 5 mil a R$ 8 mil
Ligações assistidas - R$ 500 a R$ 1 mil
Visitas assistidas - R$ 1 mil a R$ 1,5 mil
Visitas íntimas - R$ 2,5 mil a R$ 3 mil
Entrada irregular de aparelhos - R$ 1 mil a R$ 1,5 mil