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Cigarro é a causa de 80% de mortes por câncer de pulmão no Brasil

O consumo de tabaco no Brasil caiu cerca de 35% desde 2010, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. Com o resultado, o país se tornou um dos “líderes mundiais” na redução do consumo do tabaco.

29/05/2024 às 08h01 Atualizada em 29/05/2024 às 09h15
Por: Redação
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Foto Assessoria - Médica relaciona o uso de cigarro a vários tipos de enfermidades
Foto Assessoria - Médica relaciona o uso de cigarro a vários tipos de enfermidades

Principal causa evitável de câncer, o tabagismo é responsável por 80% das mortes por câncer de pulmão em homens e mulheres no Brasil. A informação foi revelada por um estudo conduzido pela Fundação do Câncer e apresentado no 48º encontro do Group for Cancer Epidemiology and Registration in Latin Language Countries Annual Meeting (GRELL 2024), realizado recentemente na Suíça.

Em 31 de maio, celebra-se o Dia Mundial Sem Tabaco, data dedicada à conscientização dos perigos dessa prática. De acordo com o estudo, a previsão é de um aumento de mais de 65% na incidência de câncer de pulmão e de 74% na mortalidade até 2040, caso o padrão de comportamento em relação ao tabaco não seja alterado.

Segundo a médica oncologista Virgínia Altoé Sessa, o fato de muitos indivíduos começarem a fumar muito cedo (na infância ou adolescência) contribui para a alta incidência de neoplasias malignas pulmonares na fase adulta.

Consumo reduziu, mas estragos causados pelo fumo ainda são grandes no Brasil

 

“A pessoa já chega na fase adulta com dependência do cigarro e,  mesmo sabendo que ele provoca doenças, muitos não param de fumar e nem procuram ajuda para vencer o vício. Como o efeito do fumo é cumulativo, é grande a chance de desenvolver câncer de pulmão anos mais tarde, até mesmo na velhice”, explicou.

A oncologista alertou, ainda, que apesar do tabagismo estar diretamente associado ao câncer de pulmão, o hábito de fumar também é fator de risco para diversas outras neoplasias malignas.

“O cigarro contribui para o desenvolvimento de câncer na região de cabeça e pescoço, como boca, laringe, garganta, além de tumores no pâncreas, colo de útero, estômago, fígado e rins. O tabagismo também está bastante associado ao câncer de bexiga”, esclareceu a médica.

Segundo o diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, a maior incidência de consumo de cigarro se concentra entre pessoas com menor poder aquisitivo e baixa escolaridade.

Para a médica oncologista Virgínia Altoé Sessa, é fundamental que sejam realizadas ações de cunho educacional com crianças nas escolas, alertando para os riscos do cigarro.

“Desde muito cedo, é preciso alertar as crianças sobre os perigos do tabaco, seja nas escolas, nos grupos de igreja ou outros locais frequentados por elas. Infelizmente, os pequenos veem os adultos fumando, como pais, irmãos, tios, e acham que é algo normal e inofensivo. E logo que tiverem a oportunidade, vão querer experimentar também. Por isso, é importantíssimo tratar desse assunto como prioridade para conscientizar nossas crianças e protegê-las desse hábito tão perigoso”, ressaltou Virgínia.

 

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