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Mega Operação cumpre 72 mandados contra criminosos em 10 estados

Tráfico, lavagem de dinheiro, corrupção e violência sob investigação

20/06/2024 às 09h53 Atualizada em 20/06/2024 às 10h12
Por: Redação
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Foto PF
Foto PF

Uma mega operação policial cumpre 72 mandados judiciais nos estados do Espírito Santo, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ceará e Bahia na manha desta quinta-feira, 20.

Aqui no Espírito Santo, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), com o apoio da Receita Federal, participa da Operação Mosaico para desarticular associação criminosa que atua no tráfico de drogas, armas, associação ao tráfico, lavagem de dinheiro, corrupção, falsificação de documentos, dentre outros crimes.

Ao todo, 228 policiais federais estão cumprindo 72 mandados judiciais, expedidos pela 1ª Vara Criminal de São Mateus, no Espírito Santo. 

Do total de mandados expedidos, 07 (sete) são de prisão preventiva e 65 (sessenta e cinco) de busca e apreensão.

Além da desarticulação das atividades ilícitas, a ação também visa descapitalizar o grupo criminoso.

Para tanto foram postuladas - e deferidas judicialmente - ordens para bloqueio de contas de investigados até o limite de R$ 184.530.775,47 (cento e oitenta e quatro milhões, quinhentos e trinta mil, setecentos e setenta e cinco reais e quarenta e sete centavos), bem como para sequestro de 9 (nove) imóveis, 21 (vinte e um) veículos e 3 (três) motos aquáticas.

ENTENDA O CASO

A investigação teve início no mês de dezembro de 2021, após a deflagração da Operação Quinta Roda realizada pela Polícia Federal em Rondônia, ocasião em que ocorreu uma grande apreensão de cocaína destinada ao estado do Espírito Santo.

Após o compartilhamento de provas, a investigação, conduzida pela Polícia Federal no Espírito Santo, descobriu verdadeira organização criminosa instituída por diversas pessoas com foco no tráfico de drogas, armas, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.

Posteriormente, visando a ampliação e aprofundamento das investigações, o caso foi levado para a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado-FICCO, que , no decorrer dos trabalhos multidisciplinares, identificou vários núcleos criminosos.

Os dois principais investigados se dedicavam ao tráfico de armas e drogas, tendo o Espírito Santo como destinatário final das substâncias entorpecentes e armamentos oriundos de outras unidades da federação.

Há, também, atuação na falsificação de documentos públicos, especialmente na confecção de carteiras de identidade ideologicamente falsas para foragidos da justiça e pessoas integrantes do grupo criminoso.

Os recursos financeiros ilícitos adquiridos com a prática dos crimes eram lavados por meio de empresas de fachada, investimentos em imóveis, carros de luxo, com utilização de pessoas “laranjas”, procedimentos típicos de ações para lavagem de dinheiro.

Durante as investigações, foram identificadas diversas negociações de armas de fogo e drogas, sendo algumas, inclusive, objeto de flagrantes em ações da PRF e de polícias de outros estados.

A organização criminosa contava com o apoio de agentes e ex-agentes públicos (membros de forças de segurança pública), funcionários de cartórios e de outros órgãos públicos para a empreitada criminosa, demonstrando a periculosidade e nível de articulação do grupo investigado.

O auxílio de agentes públicos corrompidos se mostrou importante para a atividade criminosa, na medida em que algumas ações policiais foram “vazadas” antecipadamente, mandados de busca deixaram de ser cumpridos adequadamente, documentos ideologicamente falsos foram confeccionados, informações sigilosas de bancos de dados públicos foram passadas para criminosos, movimentações de presos dentro do sistema prisional foram encomendadas, além de diversas outras ações decorrentes dos desvio de conduta dos servidores.

Assim como um mosaico é construído peça por peça, a investigação reuniu, minuciosamente, diversos fragmentos de informações e evidências para construir um quadro completo e detalhado da organização criminosa. Cada fragmento coletado foi fundamental para desvendar os detalhes e alcançar a elucidação dos fatos.

CRIMES INVESTIGADOS 

Os investigados poderão responder, na medida de suas culpabilidades, pelas práticas dos delitos de lavagem de dinheiro, associação para o tráfico de drogas, tráfico interestadual de drogas, organização criminosa, corrupção, comércio ilegal de arma de fogo e falsificação de documentos públicos. Se condenados, as penas aplicadas podem ultrapassar 40 (quarenta) anos de prisão.

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado – FICCO/ES é composta por integrantes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar do Espírito Santo, Polícia Civil do Espirito Santo, Guardas Civis de Vitória, Vila Velha, Serra e Viana-ES e Secretária de Segurança Pública do Espírito Santo. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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