Em algumas barracas e carrinhos instalados ao longo da Avenida Dário Lourenço de Souza, via que dá acesso à Passarela do Samba, em Vitória, uma garrafinha de água chegava a custar R$ 6,00 na noite de desfiles deste sábado, 11.
Talvez por isso, na manhã deste domingo, 12, a reclamação de prejuízos e baixas vendas fosse unânime entre os comerciantes que desmontavam as instalações em busca de descanso.
Claudemir Nunes, de 56 anos, disse, visivelmente aborrecido, que nem iria para casa, no bairro Aparecida, em Cariacica.
"Vou à praia tentar vender o que encalhou. Tem muita água, refrigerante e cerveja. Não posso descongelar ou perder todo esse gelo", afirmou
Mas para quem vende comida, a situação é pior. Na barraca de cachorro quente do Emerson, muita coisa será descartada hoje ainda. São produtos perecíveis, que não podem ser reaproveitados.
Uma das foliãs que deixava o Sambão neste domingo foi Eloiza Prates, dentista. Ela disse que levou água e biscoitos para a arquibancada não só para economizar.
"Eu já passei mal comendo na rua, inclusive num desfile no Rio. Não quero correr esse risco há uma semana do Carnaval oficial", brinca.
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