Fechado em 2016, o Restaurante Popular de Vitória foi o responsável por matar a fome de muita gente durante uma década, na capital do Espírito Santo.
Os responsáveis pelo fim do programa, que levava uma refeição digna aos mais pobres, foram o então prefeito, Luciano Rezende (Cidadania), e o seu supersecretário, hoje deputado estadual, Fabricio Gandini (Cidadania).
À época, a dupla anunciou que o fechamento era um plano para converter o espaço num banco de alimentos, para distribuir para as famílias mais necessitadas, cadastradas no CadÚnico.
Nada saiu do papel, a pobreza no Espírito Santo aumentou e a fome bate no estômago do capixaba pobre todos os dias, como um soco na barriga de quem não tem como conseguir um prato de comida na rica capital capixaba.
O Restaurante Popular foi criado na gestão do então prefeito João Coser, hoje deputado estadual, que defendeu a reabertura do equipamento durante sessão na Assembleia Legislativa. Já a vereadora Karla Coser (PT) fez indicação ao atual prefeito de Vitória para que retomasse as obras de ampliação do Restaurante Popular da Ilha de Santa Maria.
Na indicação, a vereadora defende a reabertura do restaurante. Em sua justificativa, recorda que o equipamento oferecia 2 mil refeições diárias a preços justos, "possibilitando que trabalhadores, pessoas em busca de emprego e trabalho e pessoas em situação de rua tivessem acesso ao direito humano de se alimentar".
Diz ainda que a reativação do restaurante foi uma das promessas de campanha da atual gestão, "o que nos motiva a acreditar que é de vontade de todos que o mesmo volte a funcionar".
Fato é que as obras continuam paradas, com tapumes que impedem o acesso das pessoas e uma placa que indica uma reforma eterna, comandada por quem não quer ver a unidade funcionando.
A discussão sobre a reabertura do Restaurante Popular de Vitória se dá num contexto onde quase 500 mil pessoas estão na linha da pobreza no Espírito Santo e mais de 3 milhões passam fome no Brasil.
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