O engenheiro eletricista José Augusto Bezerra acusa o Flamengo de adulterar a cena do incêndio no Ninho do Urubu, que em 2019 matou dez meninos de times de base do clube.
Segundo Bezerra, foram arrancadas partes de uma instalação elétrica problemática enquanto a apuração das causas do acidente ainda era feita. O Flamengo nega.
José Augusto Bezerra, foi o engenheiro contratado pelo Flamengo para fazer um laudo independente do acidente.
O profissional acusa o clube de ter mandado um funcionário arrancar partes de uma instalação elétrica com problema durante a apuração das causas do acidente.
"Compromete o resultado da perícia da polícia. É decisivo", disse Bezerra, ao site UOL.
Bezerra diz que chegou ao Flamengo no dia 8 de fevereiro, mesma data da tragédia, e que viu dois dias depois, em 10 de fevereiro, o CEO do clube, Reinaldo Belotti, dar a ordem para arrancar os fios e um disjuntor que poderiam implicar o Flamengo de ter cometido uma negligência com a segurança do CT.
De acordo com a perícia feita pela Polícia Civil, o incêndio foi causado por conta de um defeito no ar-condicionado e do material inflamável das paredes dos contêineres, local onde as crianças ficavam alojadas. O laudo de Bezerra, divulgado pelo UOL, aponta má instalação elétrica, além deste problema no ar.
Diante das acusações feitas pelo engenheiro, o Flamengo se defende e trata o laudo como uma 'documentação elaborada unilateralmente pela empresa'. Segundo o clube, Bezerra vazou informações que estariam cobertas por sigilo contratual.
A Polícia Civil corrobora com a informação do Flamengo, dizendo que fez a perícia no mesmo dia do incêndio coletando provas periciais e a concluiu no mesmo dia. E afirma que a remoção de fios e disjuntor, em data posterior, não teria atrapalhado o trabalho dos peritos. Bezerra insiste que viu policiais trabalhando no local no dia 14 de fevereiro.
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