Sem educação financeira e com renda reduzida, o brasileiro nunca deveu tanto ao cartão de crédito, que virou uma espécie de "renda extra" no fim do mês.
Com a chegada da fatura, milhões de devedores acabam pagando o mínimo do saldo devedor, criando uma bola de neve com o parcelamento sem fim.
O Banco Central quer reduzir a inadimplência nas operações com cartão de crédito rotativo, que ocorre quando o cliente não paga o valor total da fatura e joga a dívida para o mês seguinte.
O BC afirmou que uma das alternativas seria extinguir o rotativo do cartão, acionado automaticamente sobre o saldo devedor.
Os juros desse tipo de crédito são considerados abusivos por especialistas e chegaram a 440% ao ano em junho - a maior taxa do mercado financeiro.
Segundo o Banco Central, esse patamar equivale a uma taxa de juros de 15% ao mês.
O Banco Central avalia criar uma espécie de teto de 9% de juros ao mês para esse tipo de operação.
Também está em estudo a criação de uma "tarifa" para reduzir o uso da linha.
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