Mesmo com toda a tecnologia disponível no mercado, mães estão usando apitos e facões para passar pela cracolandia do Centro de São Paulo e embarcar seus filhos com alguma segurança em coletivos rumo à escolas e faculdades.
"Não há mensagem de texto que impeça essa gente de roubar nossos filhos, nossa paz e nossa dignidade. Então o jeito é apelar para o uso do sinal sonoro e até de facas e facões para afastar os criminosos".
O relato é da dona de casa J.P., de 49 anos, que já foi assaltada na avenida Duque de Caxias e viu o filho perder o celular e o material escolar.
"Tudo para eles vira dinheiro. Até os cadernos das crianças eles roubam e vendem. Ninguém aguenta mais", revela.
J.P., é apenas uma das centenas de mães e responsáveis que estão se juntando para, inclusive, fazer justiça com as próprias mãos.
"Já acertamos um bandido e golpeamos ele. Ficou ferido mas, na sequência, aparecem outros 20", desabafa.
Mesmo com dezenas de ocorrências todos os dias, a prefeitura e o governo de São Paulo não conseguem atacar e resolver o problema, que se espalha para outras cidades do Brasil.
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