A região Sul do Brasil foi a única onde a população negra não é a maioria quando o assunto é erro médico
Nas demais regiões do país, as taxas de internação devido a incidentes por causa de "eventos adversos" são mais elevadas entre a população negra.
A pesquisa classifica como "eventos adversos": cortes acidentais, perfurações, limpeza (assepsia) insuficiente de uma ferida, objetos estranhos deixados no corpo do paciente durante procedimentos médicos, erros de dosagem, administração de substâncias contaminadas e outros.
O estudo levantou que, entre 2010 e 2021, foram registradas mais de 66 mil internações por causa de "eventos adversos" no Btasil. Pela média, foram 15 casos por dia.
Na média calculada de 2012 a 2021, no Norte e no Nordeste, as pessoas negras têm seis vezes mais chances de serem internadas por omissão médica em comparação com as brancas.
No Centro-Oeste, a probabilidade é três vezes maior. E, no Sudeste, as pessoas negras têm uma chance 65% mais elevada de serem hospitalizadas por conta de erros médicos.
De acordo com a pesquisa,os erros podem ocorrer em casos de negligência do médico, ação precipitada, imprudência do profissional e até desconhecimento teórico ou prático.
O instituto afirma que esses erros médicos são relacionados à deficiência no sistema organizacional e na execução dos serviços e que analisá-los é uma chance para aprimorar a qualidade do atendimento.
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