As desconfortáveis ondas de calor, diminuição da libido, ressecamento da pele, enjoos e distúrbios emocionais são sinais conhecidos da menopausa, fase em que mulher para de menstruar em razão do declínio da produção de hormônios reprodutivos.
Além de todos esses sinais, essa condição pode trazer outro agravante: problemas no sono. É o que apontam os dados das avaliações feitas pela Plenapausa, plataforma feminina brasileira especializada no climatério.
A pesquisa, que já avaliou mais de 5 mil mulheres, revelou que 84% das participantes do estudo sofrem com alterações no sono.
Um dos causadores desse sintoma, segundo a médica ginecologista Thaissa Tinoco, é o desequilíbrio hormonal e a queda do estrogênio, hormônio associado à regulação do sono da mulher.
"Com as ondas de calor noturno, comuns na menopausa, a mulher pode acordar várias vezes durante a noite com esse desconforto, comprometendo o sono. E isso, por sua vez, prejudica o humor, disposição, deixando a mulher mais cansada e menos concentrada durante o dia".
A ginecologista ressaltou que a dificuldade de dormir pode comprometer a qualidade de vida da mulher e, por isso, é fundamental buscar tratamento.
"Se a mulher estiver passando por isso, é muito importante relatar ao seu médico, para que seja direcionada a um tratamento que elimine ou amenize o problema. As alterações do sono trazem impactos muito negativos à vida, atrapalham a rotina e a saúde física e emocional ", destacou Thaissa.
A médica alertou, ainda, que todas as mulheres na menopausa devem ser acompanhadas pelo médico ginecologista.
"Os sintomas da menopausa não são iguais para todas, mas é fundamental que nessa fase da vida as mulheres sejam acompanhadas, para que passem pela menopausa da forma mais saudável possível. E para que sejam orientadas e encaminhadas a fazerem todos os exames necessários nesse período para prevenção e detecção precoce de doenças ", orientou a ginecologista.
Mín. 23° Máx. 26°